quinta-feira, 30 de julho de 2009


Um amigo me disse há um tempo atrás que tinha visto um outdoor na rua escrito:
"Fulana (não lembro o nome dela), casa comigo?", e ele achou super legal, super romântico, a idéia do século.
No Orkut, naquele campo "O que me atrai", tem a opção "Demonstrações públicas de afeto".
Por mais romântica que eu seja, e eu sou, não consigo achar esse tipo de coisa legal.
Igual a gente vê nos filmes o mocinho pedir a mocinha em casamento no meio de um jogo, no placar sabe.
Acho que sou diferente do resto das pessoas.
Não gosto dessa coisa pública, desse estardalhaço todo.
Pra mim parece que se alguém precisa de tudo isso pra convencer o outro que realmente ama, não é sincero.
Como se tivesse tentando se convencer disso.
Ou quisesse mostrar pros outros uma coisa que a pessoa não é, um sentimento que na verdade não sente.
É só a minha opnião, claro.
Mas acho muito mais sincero, muito mais romântico, um 'Eu te amo' quando você nem tá esperando.
É o máximo que você pode dizer pra alguém.
Pra mim não tem nada mais romântico que alguém dizer que te ama e você saber que a pessoa tá sendo sincera.

Tem um poema do Mario Quintana que eu lembrei na hora que esse meu amigo me contou do outdoor:

"Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho,
que a vida é breve,
e o amor mais breve ainda..."

Mário Quintana


Adoro esse poema, o nome dele é Bilhete.
É a mais pura verdade!
Amor que é amor tem que ser vivido, mas tem que ser vivido entre duas pessoas.
E só.


Ps.: Foto do meu irmão porque ele tá viajando e to com uma saudade dele!
):

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Maior fraqueza

"Os fracos nunca podem perdoar."
Mahatma Gandhi

Sempre concordei, sempre achei perda de tempo guardar ressentimento. Acho mais fácil perdoar, esquecer e pronto.
Perdoo quase tudo com muita facilidade, perdoo e esqueço.
Mas as vezes eu sou fraca.
Tem certas coisas que são tão dificeis de perdoar!
Que por mais que eu tente, não perdoo e muito menos esqueço!
Não conseigo perdoar porque não consigo entender!
Não entendo a capacidade de fingir um sentimento.
A facilidade em dizer coisas que não são verdade....
e a dificuldade em ser sincero.
Não entendo a facilidade em esquecer.. o que eu não esqueço de jeito nenhum!
Não entendo e não perdoo!
Sou fraca, eu acho.


segunda-feira, 13 de julho de 2009

'como se houvesse alguma forma de eu existir sem precisar de você!'

“Eu podia ver nos seus olhos, que você honestamente acreditou que eu não te queria mais. O conceito mais absurdo, mais ridículo – como se houvesse alguma forma de eu existir sem precisar de você!”

Um dos filmes mais românticos que eu ja vi!

Talvez O mais romântico: Crepúsculo.
Confesso que quando ouvia falar tinha um certo preconceito, pela grande quantidade de adolescentes enlouquecidas pelo filme.
Pensava ser alguma coisa no estilo Hannah Montana (Sem crítica, é só a minha opnião.)
Mas, felizmente, estava enganada.
Assisti o primeiro filme e ele mexeu comigo de uma maneira que não sei nem explicar!
Porque ele mostra o amor da maneira mais pura, mais sincera, mais incondiconal que eu já tinha visto!
É como se eles fossem realmente feitos um pro outro, como se a vida de um dependesse da vida do outro!
Obviamente tive que procurar e ler os outros 4 livros da série, e eles só confirmaram minha impressão: é a história de amor mais... Não sei a palavra!
Mais impossível e, ao mesmo tempo, mais verdadeira!
Ele luta contra todos seus instintos e ela abre mão de sua vida humana por esse amor!
Nós, de certa maneira, muitas vezes vamos contra nossos instintos ao amar alguém!
Amamos sem saber o porquê, mas amamos e, pra mim, esses são os maiores amores.
Na verdade, ela não abre mão de sua vida humana, porque pra ela só existe realmente vida com ele!
Então, na verdade, ela não está abrindo mão de nada.
Um outro trecho do livro:


“Eu pensei que já havia explicado isso claramente antes. Bella, eu não posso existir num mundo onde você não exista”.


Ele diz isso a ela também.

É como se a existência dele dependesse realmente dela, literalmente!

É assim que deveríamos amar: dessa maneira incondicional, sem reservas, sem limites...

É raro hoje em dia, mas não impossível.

Já disse Cazuza:


"O nosso amor a gente inventa."


(Acho que não é isso que ele quis dizer, mas vou interpretar do jeito que eu quero!)

Se é a gente que inventa, então que invente um amor assim!

E que ele não acabe e a gente não tenha que fingir que ele não existiu!








sexta-feira, 10 de julho de 2009

'Porque metade de mim é amor...'

Metade- Oswaldo Montenegro

Composição: Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.



Essa música é perfeita!
Concordo com cada estrofe, cada verso, concordo com cada palavra!
Pra mim ela mostra (digo pra mim porque acho que cada poesia, cada música, é interpretada de um jeito diferente por cada pessoa, de acordo com o que ela sente, o que ela vive, o que ela pensa) como nós, seres humanos, somos complexos, inconstantes em quase todos os aspectos da vida.
Temos medo, mas queremos experimentar.
Queremos gritar o que pensamos, o que sentimos, e ao mesmo tempo, queremos silenciar.
Queremos ir e queremos ficar, dizer e não dizer...
Falar sobre nossos espinhos e não falar, deixar que o tempo se encarregue.
Estamos em constante inquietação, constante descontentamento!
E é isso que nos torna tão complexos, mas nos torna também melhores.
Ou muitas nem melhor e nem pior, apenas diferente. (O que pra mim é melhor que ter 'aquela velha opnião formada sobre tudo.')
Mas o final da música fala da única coisa em que somos constantes!

'E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.'

Minha parte preferida!
Podemos até negar, nesse mundo de relações superficiais, mas a verdade é que amar é universal!
Todos nós ficamos um pouco loucos quando amamos,
um pouco irresponsáveis,
um pouco criança,
e ao mesmo tempo um pouco mais adulto.
Um pouco mais livres,
mais felizes,
ou muitas vezes mais tristes...
Mais ainda assim, mais completos.
É uma visão romântica?
É.
Mas é a minha visão e não pretendo mudá-la!
Fomos todos 'feitos pro amor da cabeça aos pés.'