quarta-feira, 17 de junho de 2009

Hoje eu preciso gritar o meu amor!

"Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção. Pode ser a pessoa mais importante da sua vida."

Uma parte do texto "O amor", de Carlos Drummond de Andrade.
Um dos primeiros textos dele que eu li e que sempre mexeu comigo!
Sempre me perguntei se um dia sentiria isso por alguém, aliás sempre me perguntei se isso realmente existia.
Pra mim era uma maneira de dizer, um jeito do texto ficar mais bonito.
Não achava que seria possível sentir esse tipo de sentimento por alguém, essa coisa involuntária, essa urgência...
Me enganei. Felizmente, me enganei.
Descobri que sim, o coração acelera e descelera a ponto de quase realmente parar de funcionar.
Descobri a vontade de ficar braços de alguém o resto da vida.
Descobri a urgência em ver, tocar, sentir alguém,
como se esse alguém fosse como o ar: indispensável!
Descobri que é possível preferir uma hora com uma única pessoa, que uma vida inteira com o mundo todo.
Descobri que o tempo parece literalmente parar as vezes...
Descobri que a vida pode sim adquirir um sentido novo, uma cor nova!
Descobri que pode não existir afinidade nenhuma,
pode não fazer muita lógica,
pode não fazer muito sentido...
Mas descobri que o amor não precisa de afinidade, nem de lógica e nem de sentido!
Precisa de coração, preciso de intensidade, de duas pessoas que se amam porque se amam. E ponto.
Descobri que muitas vezes se torna impossível imaginar um futuro sem incluir esse alguém!
Que é possível amar tanto, querer tanto,
que é como se o outro se tornasse uma parte de mim, como se a minha existência dependesse da dele!
Descobri que que não tão dificil quanto eu pensava dizer eu te amo...
Descobri então...
que eu amo!








terça-feira, 16 de junho de 2009

O que é o amor?

"Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente."

Foi isso o que Billy, um garotinho de 4 anos respondeu quando perguntaram a ele o que é o amor.
Só uma das muitas respostas que as crianças deram numa pesquisa feita, crianças de 4 a 8 anos.
Parei pra pensar em como seria bom se fossemos mais como as crianças.
Essa ingenuidade, esse maneira mais simples de ver as coisas, ver a vida, essa sinceridade!
As crianças amam sem jogos, sem falsidade, sem interesse nenhum, amam de graça!
Amam simplesmente porque amam!
E elas tem uma visão amor completamente diferente da nossa!
Quem de nós diria que 'quando alguém nos ama, a maneira de falar nosso nome é diferente?'
Que 'amor é quando alguém nos magoa muito mesmo, mas não gritamos com ela porque sabemos que isso fere seus sentimentos?'
Quem de nós diria que amor '
é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas, sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela?'
Nó não diríamos nada disso, porque a maioria de nós nem acredita que ainda exista amor
, amor de verdade, não por conveniencia, nem por acomodação, nem por nenhum outro motivo que não seja simplesmente por amar.
Sem esperar nada em troca!
Esse "amor" tão efêmero de hoje em dia! Que não dura mais que um ano, um mês, uma noite...
A resposta que eu mais gostei foi a de uma menina de 8 anos, chamada Rebecca.
Apesar de não ter mais 8 anos, tenho essa mesma visão de amor:

"Quando minha avó pegou artrite, ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô, desde então, pinta as unha para ela. Mesmo quando ele tem artrite."


Não tem amor maior que esse, depois de tanto tempo juntos, ainda esse amor, esse carinho, esse cuidar do outro!
Esse preferir o bem do outro que o seu próprio!
Espero ter a sorte um dia de encontrar isso: quem faça minhas unhas, divida suas batatinhas, não grite para não me magoar...
Espero encontrar alguém que diga meu nome de um jeito diferente!





segunda-feira, 15 de junho de 2009

... pensei que amar é fácil.

"Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil."
Clarice Lispector

Porque gostei, senti carinho, até me apaixonei... Pensei que estaria pronta para amar!
Que saberia exatamente quando estivesse amando, que diria na hora certa, da maneira certa.
Achei que saberia ao menos o porquê do meu amor...
Achei muitas coisas, me enganei com relação a quase todas elas!
Pra mim, isso aconteceu sem aviso, sem hora marcada, sem porquê!
Já estava amando sem nem saber...
Um sentimento novo que me desorientou, me deixar sem saber como agir, o que falar... Alias, me deixou sem palavras, justo eu!
Quando dei por mim, estava dizendo da maneira mais desajeitada e confusa que amava!
Que por algum motivo que desconheço até hoje, meu coração acelerava e desascelerava sem parar perto dele...
Impossível explicar, racionalizar, descrever!
Impossível explicar o porquê de sentir mil coisas só tocar alguém...
O porquê de tanto pensar, tanto se preocupar, tanto querer cuidar!
Impossível explicar o porquê de, apesar da quase ausência de afinidades, me sentir tão próxima de alguém!
Não dá pra dizer quantas vezes fiquei brava e triste e com raiva e pensei em nunca mais te ver...
Nem dá pra explicar porque até pensar nisso me parecia inconcebível!
Não sei porque eu amo...
Mas sei que amo, amo com todas as letras, amo incondicionalmente!
Sem reservas, sem pudor quase nenhum...
Amo!






quarta-feira, 10 de junho de 2009

Temporária falta de palavras!

"Quero mergulhar nesses lindos olhos azuis,
Quero viajar ao teu lado pelo mundo,
Quero sonhar junto de ti,
Quero aprender contigo
tudo o que tens pra me ensinar,
Quero ser teu não inesperado
e o sim tão desejado,
Quero discutir com você assuntos do coração,
Quero ser seu casaco no frio e
te refrescar no calor,
Quero cuidar de você e te proteger dos males da alma,

Se me permitires, um dia quero ser tua verdade,
teu respeito, teu carinho e...o teu amor."


Sem mais... sem palavras!



segunda-feira, 8 de junho de 2009

Síntese perfeita

“Eu disse a uma amiga:
— A vida sempre superexigiu de mim.

Ela disse:

— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.

Sim.”
Clarice Lispector.

Essa citação dela é a que eu mais me identifico!
Minha mãe diz que eu sou permanentemente insatisfeita! E acho q eu sou mesmo!
Não consigo me contentar com "bom", com "talvez", " mais ou menos"!
Não consigo ficar meio magoada, meio feliz, meio apaixonada!
Não consigo estar mais ou menos com alguém, não sei me dar pela metade!
Ou amo ou odeio, ou quero ou não quero, ou faço ou não faço, estou ou não estou!
Não me peça pra fingir um gostar, e nem um desgostar!
E também exijo de qualquer um que se relacione comigo essa mesma intensidade, essa mesma transparência.
Se for pra for pra dançar, que se perca a vergonha, o comedimento e dance como se aquela fosse a última dança!
Se for pra abraçar, que se abrace com o coração, que tenha vontade de ficar preso pra sempre ali naquele abraço!
Se for pra ser amigo, que dê a vida pelo outro!
Se for pra beijar, que beije e se perca a noção do tempo, perca a vergonha, percam-se os pudores!
Se for pra amar, que ame verdadeiramente, sem jogos, sem medo, um amor desmedido!
Se for pra viver, que se jogue, que chore, que ria, que odeie, ame, que viva!

Uma vez me disseram:
"O que é meia maçã?
Meia laranja?
Não é nada, é algo sem essência ."

Meia vida não é vida, é existência.
E não me interessa existir, eu quero viver!





sábado, 6 de junho de 2009

Hoje eu sou uma palavra: Saudade.

Tom Jobim- Chega de Saudade

"Vai minha tristeza,
e diz a ele que sem ele não pode ser,

diz-lhe, numa prece

Que ele regresse,
porque eu não posso mais sofrer.

Chega, de saudade

a realidade,
É que sem ele não há paz,

não há beleza

É só tristeza e a melancolia
.
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai
.
Mas se ele voltar, se ele voltar

Que coisa linda, que coisa louca
.
Pois há menos peixinhos a nadar no mar

Do que os beijinhos que eu darei

Na sua boca,

dentro dos meus braços
.
Os abraços hão de ser milhões de abraços
,
Apertado assim, colado assim, calado assim
,
Abraços e beijinhos, e carinhos sem ter fim
.
Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim.

Não quero mais esse negócio de você longe de mim...
"

Adoooro essa música, e ela descreve bem como eu to me sentindo ultimamente: com saudade!
Mas não qualquer saudade, uma saudade absurda, quase incontrolável, boa e ruim!

Uma saudade que me faz ver que por mais que eu hesite em admitir isso, eu preciso de outra pessoa pra viver.

Que me faz valorizar cada inuto com as pessoas que eu amo.

Me faz ver que talvez eu goste mais de você do que eu pensava...

Me dá uma vontade de jogar o bom senso pro alto (aliás, jogar tudo pro alto!) .

Uma saudade que me faz triste...

Mas uma saudade que me faz feliz!

Feliz simplesmente por sentir essa saudade, porque ela me faz sentir viva!

Feliz por saber que essa saudade não é pra sempre!
Que o nosso final feliz ainda vai acontecer!
Alias, final não, começo!

Hoje eu precisava gritar a minha saudade, declarar ela!

Minha parte preferida da música:

"Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim.
Não quero mais esse negócio de você longe de mim..."