"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato,a questão é...
Ou toca, ou não toca ." Clarice Lispector
Mais uma vez Clarice Lispector!
As citações dela sempre me fazem parar e pensar, elas me inspiram!
Não sei se infelizmente ou felizmente, poucas pessoas me encantam.
Não tô dizendo aquele gostar superficial, porque eu gosto da maioria das pessoas que eu conheço!
Mas aquele encantamento, aquela coisa a mais, saber que de algum jeito aquela pessoa vai marcar a sua vida!
São poucas as pessoas que me despertam isso.
E as que o fazem, não é pela inteligência, nem por ter gostos em comum, nem por fazer as coisas que me agradam...
É por algo que nem sei dizer o que é, nem sei explicar...
É um jeito, um olhar, um sorriso de canto de boca, um jeito de mexer o cabelo!
Não dá pra explicar, é coisa de sentir, de pele, sabe?
Alguém que eu acabei de conhecer...
Alguém que eu não conheço... (Por que não?)
Alguém já conhecido, mas agora notado de um jeito diferente!
Tem pessoas que tocam, que mexem, que marcam.
E é isso que eu quero!
Quero ser encantada, quero esse algo a mais...
sexta-feira, 29 de maio de 2009
quinta-feira, 28 de maio de 2009
"Eu quero a sorte de um amor tranqüilo..."
Acordei hoje com uma música na cabeça:
Chimarruts- Mil poesias
Reparo o vento
E pra onde será que ele vai?
Se me levasse onde você mora,
Certamente eu iria atrás.
Em noites lindas
Eu fico a pensar,
Será que a lua brilha sozinha
Ou você que faz ela brilhar.
Ahhh... se eu pudesse imaginar,
Tudo que você pensa
Ou sempre irá gostar.
Ehhh... se eu pudesse entender,
O que te faz sorrir
Eu sempre ia fazer.
É que eu vim dizer
Mil poesias só pra você.
É que eu vim dizer
Mil poesias só pra você.
E se de alguma gostar
Outras mil eu posso formar.
E se tocar em você
Outras mil eu posso fazer.
Reparo o vento
E pra onde será que ele vai?
Se me levasse pelo mundo inteiro,
Certamente eu iria atrás.
E hoje acordei tão cedo
E fui ver o sol chegar.
Será que ilumina o mundo inteiro
Ou só existe pra te iluminar.
Acho essa música linda!
Ela me passa a sensação de um amor tranquilo, igual aquele da música do Cazuza, sabe?
"Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva..."
Outra música que eu adoro!
Mas voltando ao assunto, Mil Poesias me passa a idéia de um amor transparente, sem jogos, sem a necessidade de ficar medindo o que falar, como agir. Sem aquilo de não demonstrar o quanto se ama pra que o outro não se sinta confiante demais e pise na bola.
A parte que eu mais gosto da música é essa:
"Ehhh... se eu pudesse entender,
O que te faz sorrir
Eu sempre ia fazer..."
Porque pra mim, amor é isso: é demonstrar, cuidar, querer ver a felicidade do outro.
Sem ter que me me preocupar se não estou mostrando demais, me jogar de cabeça sem pensar se vou me magoar.
Poder fazer como o soldado e a enfermeira do quadro "O Beijo" de 1945: pôr pra fora o sentimento sem se preocupar com nada, nem ninguém, nem as pessoas em volta.
Não sei o contexto dessa foto, talvez são dois desconhecidos que posaram para um fotógrafo, mas mesmo assim.
Quero essa ânsia em mostrar, em querer, em amar.
Amar por completo, sem reservas.
Relações pela metade não me interessam.
Chimarruts- Mil poesias
Reparo o vento
E pra onde será que ele vai?
Se me levasse onde você mora,
Certamente eu iria atrás.
Em noites lindas
Eu fico a pensar,
Será que a lua brilha sozinha
Ou você que faz ela brilhar.
Ahhh... se eu pudesse imaginar,
Tudo que você pensa
Ou sempre irá gostar.
Ehhh... se eu pudesse entender,
O que te faz sorrir
Eu sempre ia fazer.
É que eu vim dizer
Mil poesias só pra você.
É que eu vim dizer
Mil poesias só pra você.
E se de alguma gostar
Outras mil eu posso formar.
E se tocar em você
Outras mil eu posso fazer.
Reparo o vento
E pra onde será que ele vai?
Se me levasse pelo mundo inteiro,
Certamente eu iria atrás.
E hoje acordei tão cedo
E fui ver o sol chegar.
Será que ilumina o mundo inteiro
Ou só existe pra te iluminar.
Acho essa música linda!
Ela me passa a sensação de um amor tranquilo, igual aquele da música do Cazuza, sabe?
"Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva..."
Outra música que eu adoro!
Mas voltando ao assunto, Mil Poesias me passa a idéia de um amor transparente, sem jogos, sem a necessidade de ficar medindo o que falar, como agir. Sem aquilo de não demonstrar o quanto se ama pra que o outro não se sinta confiante demais e pise na bola.
A parte que eu mais gosto da música é essa:
"Ehhh... se eu pudesse entender,
O que te faz sorrir
Eu sempre ia fazer..."
Porque pra mim, amor é isso: é demonstrar, cuidar, querer ver a felicidade do outro.
Sem ter que me me preocupar se não estou mostrando demais, me jogar de cabeça sem pensar se vou me magoar.
Poder fazer como o soldado e a enfermeira do quadro "O Beijo" de 1945: pôr pra fora o sentimento sem se preocupar com nada, nem ninguém, nem as pessoas em volta.
Não sei o contexto dessa foto, talvez são dois desconhecidos que posaram para um fotógrafo, mas mesmo assim.
Quero essa ânsia em mostrar, em querer, em amar.
Amar por completo, sem reservas.
Relações pela metade não me interessam.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Divergências entre Marte e Vênus
As vezes acho que é verdade que os homens são de Marte e as mulheres de Vênus.
Eles dizem que nós somos complicadas, difíceis de lidar, instáveis...
Mas tem algumas coisas que por mais que eu tente (e eu tento), eu não entendo sobre vocês, Marcianos:
. Deixam roupas espalhadas no quarto, no banheiro e até na sala!
. Não arrumam a cama de manhã; (Quando solteiros, a mamãe arruma, quando casados, a esposa.);
. Fazem xixi fora do vaso (110% das mulheres odeeeeeeiam isso!);
. Roncam;
. Não sabem que corte de cabelo fica bem;
. Quando uma mulher diz qual é o corte, não sabem arrumar o cabelo do jeito certo!
. Não passam creme no cotovelo (odeio!).
. Roncam;
. Falam alto;
. Gritam e batem na mesa jogando truco (adoro truco, mas o escândalo que vocês fazem não dá!);
. Assistem até jogo de futebol do Itapipoca do Ceará só porque é futebol!
. Vibram com filmes de ação que não tem história nenhuma;
. Dormem assistindo filmes românticos cheios de conteúdo;
. Não reparam quando mudamos o cabelo (a não ser que você mude de loiro super branco pra preto azulado);
. Não notam nossa roupa nova;
. Não notam o perfume que passamos justamente pra notarem;
. Cospem no chão (¬¬);
. Não lembram de data nenhuma (quase nenhuma, a do próximo jogo do Itapipoca, eles lembram);
. Fazem a barba (adooro homem de barba!);
. Não conseguem falar sobre sentimentos, mas podem ficar horas falando sobre carros, futebol, mulheres...
. Nos magoam primeiro pra depois fazer a coisa certa;
. Tem ciúme;
. Não tem ciúme;
. Demoram pra entender que estamos na TPM;
. Não entendem o que nós queremos a não ser que falemos muito claramente;
. Gostam de pescar (e olha que já tentei mais de uma vez achar o que vocês vêem de tão divertido);
. Falam palavrão;
. Sentam com a perna aberta;
. Fazem piadas nos momentos mais inconvenientes;
. Nos apressam quando nos atrasamos nos arrumando pra vocês;
. Atrasam quando deviam chegar na hora;
. Chegam na hora quando deviam atrasar...
Poderia ficar o dia inteeeiro enumerando as coisas que vocês fazem e que nos deixam loucas , mas isso não me ajudaria a entender melhor o que se passa nas suas cabeças confusas.
Acho que o jeito é aceitar que não vivemos sem vocês e procurar um professor de marcianês!
Eles dizem que nós somos complicadas, difíceis de lidar, instáveis...
Mas tem algumas coisas que por mais que eu tente (e eu tento), eu não entendo sobre vocês, Marcianos:
. Deixam roupas espalhadas no quarto, no banheiro e até na sala!
. Não arrumam a cama de manhã; (Quando solteiros, a mamãe arruma, quando casados, a esposa.);
. Fazem xixi fora do vaso (110% das mulheres odeeeeeeiam isso!);
. Roncam;
. Não sabem que corte de cabelo fica bem;
. Quando uma mulher diz qual é o corte, não sabem arrumar o cabelo do jeito certo!
. Não passam creme no cotovelo (odeio!).
. Roncam;
. Falam alto;
. Gritam e batem na mesa jogando truco (adoro truco, mas o escândalo que vocês fazem não dá!);
. Assistem até jogo de futebol do Itapipoca do Ceará só porque é futebol!
. Vibram com filmes de ação que não tem história nenhuma;
. Dormem assistindo filmes românticos cheios de conteúdo;
. Não reparam quando mudamos o cabelo (a não ser que você mude de loiro super branco pra preto azulado);
. Não notam nossa roupa nova;
. Não notam o perfume que passamos justamente pra notarem;
. Cospem no chão (¬¬);
. Não lembram de data nenhuma (quase nenhuma, a do próximo jogo do Itapipoca, eles lembram);
. Fazem a barba (adooro homem de barba!);
. Não conseguem falar sobre sentimentos, mas podem ficar horas falando sobre carros, futebol, mulheres...
. Nos magoam primeiro pra depois fazer a coisa certa;
. Tem ciúme;
. Não tem ciúme;
. Demoram pra entender que estamos na TPM;
. Não entendem o que nós queremos a não ser que falemos muito claramente;
. Gostam de pescar (e olha que já tentei mais de uma vez achar o que vocês vêem de tão divertido);
. Falam palavrão;
. Sentam com a perna aberta;
. Fazem piadas nos momentos mais inconvenientes;
. Nos apressam quando nos atrasamos nos arrumando pra vocês;
. Atrasam quando deviam chegar na hora;
. Chegam na hora quando deviam atrasar...
Poderia ficar o dia inteeeiro enumerando as coisas que vocês fazem e que nos deixam loucas , mas isso não me ajudaria a entender melhor o que se passa nas suas cabeças confusas.
Acho que o jeito é aceitar que não vivemos sem vocês e procurar um professor de marcianês!
terça-feira, 26 de maio de 2009
Amor é tudo o que nós precisamos?
Ouvindo, na minha opnião, uma das melhores músicas já feitas, comecei a pensar (músicas sempre me fazem pensar) sobre o amor.
All you need is love, dos Beatles.
Tentei por o video, mas não carregou de jeito nenhum,então procurem no Youtube:
All you need is love - Beatles / Leandro Coda.
Essa versão é do Leandro Coda, um amigo que eu espero que não se importe por eu ter usado ela aqui! Escolhi ela porque ele canta muito bem e porque adoro as fotos, super pessoais!
Mas voltando a falar sobre o que eu pensei, a música diz que tudo o que precisamos é de amor, que tudo pode ser feito se existir amor.
Mas será que hoje em dia, com o egoísmo, o desapego e as relações casuais tão em alta, isso ainda vale?
E não estou me referindo somente ao amor romântico, mas ao amor em geral: Amor entre pais e filhos, entre amigos, amor pelo bichinho de estimação, amor a si próprio.
Mas amor de verdade, sólido, firme e incondiconal, (podem me chamar de romântica, mas pra mim, amor é incondicional!) não esse "eu te amo" banalizado tão presente hoje.
Há uns dias vi no Orkut uma comunidade: "Eu te amo não é bom dia", falando justamente sobre essa facilidade que as pessoas tem em "amar" umas as outras.
Concordo totalmente! Amor de verdade não nasce em um dia, uma semana um mês, ele é construído.
Amor é o que eu sinto pela minha mãe, que apesar de termos muitas diferenças e nem sempre nos entendermos em tudo, me entende e me ama do jeito que eu sou.
Pelo meu pai, de quem eu herdei a personalidade e por isso termos nossos desentendimentos também, faz o que pode e o que não pode pra me proteger e pra me ver feliz.
Pelo meu irmão, que é ciumento ao extremo, mas que sem ele eu não vivo!
Amor é o que existe entre um casal amigo meu ja faz algum tempo: São totalmente diferentes um do outro, provavelmente não tem nada em comum, mas admiram um ao outro, se entendem e realmente se completam.
Então respondendo a minha própria pergunta: O amor é sim tudo o que nós precisamos! Por mais clichê que possa parecer, é a mais pura verdade.
O amor verdadeiro, incondicional, que nos faz bem, que nos muda pra melhor, nos traz tranquilidade, esse amor é sim fundamental à nossa vida (pelo menos à minha, é!)
Amor pra nos ajudar a aguentar nosso dia-a-dia, pra não nos deixar desistir na primeira dificuldade, e nem na segunda e na terceira, quarta (porque virão muitas, pode acreditar).
Então o que eu desejo, pra mim e pra todos, citando outra música que eu adoro, é 'que quando estiver bem cansado, ainda exista amor pra recomeçar.'
All you need is love, dos Beatles.
Tentei por o video, mas não carregou de jeito nenhum,então procurem no Youtube:
All you need is love - Beatles / Leandro Coda.
Essa versão é do Leandro Coda, um amigo que eu espero que não se importe por eu ter usado ela aqui! Escolhi ela porque ele canta muito bem e porque adoro as fotos, super pessoais!
Mas voltando a falar sobre o que eu pensei, a música diz que tudo o que precisamos é de amor, que tudo pode ser feito se existir amor.
Mas será que hoje em dia, com o egoísmo, o desapego e as relações casuais tão em alta, isso ainda vale?
E não estou me referindo somente ao amor romântico, mas ao amor em geral: Amor entre pais e filhos, entre amigos, amor pelo bichinho de estimação, amor a si próprio.
Mas amor de verdade, sólido, firme e incondiconal, (podem me chamar de romântica, mas pra mim, amor é incondicional!) não esse "eu te amo" banalizado tão presente hoje.
Há uns dias vi no Orkut uma comunidade: "Eu te amo não é bom dia", falando justamente sobre essa facilidade que as pessoas tem em "amar" umas as outras.
Concordo totalmente! Amor de verdade não nasce em um dia, uma semana um mês, ele é construído.
Amor é o que eu sinto pela minha mãe, que apesar de termos muitas diferenças e nem sempre nos entendermos em tudo, me entende e me ama do jeito que eu sou.
Pelo meu pai, de quem eu herdei a personalidade e por isso termos nossos desentendimentos também, faz o que pode e o que não pode pra me proteger e pra me ver feliz.
Pelo meu irmão, que é ciumento ao extremo, mas que sem ele eu não vivo!
Amor é o que existe entre um casal amigo meu ja faz algum tempo: São totalmente diferentes um do outro, provavelmente não tem nada em comum, mas admiram um ao outro, se entendem e realmente se completam.
Então respondendo a minha própria pergunta: O amor é sim tudo o que nós precisamos! Por mais clichê que possa parecer, é a mais pura verdade.
O amor verdadeiro, incondicional, que nos faz bem, que nos muda pra melhor, nos traz tranquilidade, esse amor é sim fundamental à nossa vida (pelo menos à minha, é!)
Amor pra nos ajudar a aguentar nosso dia-a-dia, pra não nos deixar desistir na primeira dificuldade, e nem na segunda e na terceira, quarta (porque virão muitas, pode acreditar).
Então o que eu desejo, pra mim e pra todos, citando outra música que eu adoro, é 'que quando estiver bem cansado, ainda exista amor pra recomeçar.'
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Sou um o quê? Um quase tudo.
Iniciante nessa coisa de blog e pensando no título que daria a ele, lembrei dessa citação da Clarice Lispector ( adoro Clarice Lispector! ) e acho que ela me define bem.
"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo."
Acho incrível como o ser humano consegue ser tantas coisas ao mesmo tempo!
Principalmente nós, mulheres, fazemos isso o tempo todo: Somos boas e ao mesmo tempo más, amigas e inimigas, amamos e odiamos, dizemos coisas que não sentimos, sentimos coisas que não dizemos!
Quantas vezes não deixamos de dizer a alguém o que sentíamos? Por orgulho, por não acharmos ser necessário o fazer, por não saber como fazer...
E quantas vezes - ao contrário do que pensamos, enganando principelmente a nós mesmos - não dizemos a alguém sentir coisas que não sentimos e nem nunca vamos sentir.
Não por ele ter ou não ter isso ou aquilo, simplesmente porque não sentimos. Da mesma maneira que sentimos por outro alguém que não sente por nós, não dá valor e muitas vezes não tem nenhuma qualidade que justifique tal sentimento!
Me usando como exemplo, adoro uma música do raul Seixas que diz:
"Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo."
E as vezes penso que sou realmente uma metamorfose ambulante, que não me defino em certos assuntos.
Não gosto de ser contrariada e odeio que concordem comigo em tudo, me irrito com gente mal humorada e não suporto aquele tipo sempre engraçado, gosto de frio e adoro calor, gosto de praia e campo, chuva e sol, dia e noite, branco e preto. Gosto de saber que sou amada e me enjoa saber que tenho alguém nas minhas mãos, gosto de flores e cartões e bombons e adoro o velho e básico "eu te amo" dito no ouvido. Gosto de sorvete de chocolate de morango, gosto de me arrumar toda pra sair e adoro ficar de pijama em casa vendo filme embaixo das cobertas, de ler Clarice Lispector, Erico Verissimo, Machado de Assis, Agatha Cristie e de assistir a novela das oito, de balada e barzinho, de silencio e de multidao, de ficar quieta e de não parar de falar. Fico feliz e fico triste com a mesma facilidade, fico com raiva e perdoo com a mesma a intensidade.
As vezes me pergunto se não deveria me decidir entre isso ou aquilo, e a resposta é sempre a mesma: Não!
Por que não experimentar o que me é oferecido?
Por que não - usando a sabedoria popular - deixar a vida me levar?
Por que não aproveitar enquanto é possível?
Como diria Raul:
"É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante."
"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo."
Acho incrível como o ser humano consegue ser tantas coisas ao mesmo tempo!
Principalmente nós, mulheres, fazemos isso o tempo todo: Somos boas e ao mesmo tempo más, amigas e inimigas, amamos e odiamos, dizemos coisas que não sentimos, sentimos coisas que não dizemos!
Quantas vezes não deixamos de dizer a alguém o que sentíamos? Por orgulho, por não acharmos ser necessário o fazer, por não saber como fazer...
E quantas vezes - ao contrário do que pensamos, enganando principelmente a nós mesmos - não dizemos a alguém sentir coisas que não sentimos e nem nunca vamos sentir.
Não por ele ter ou não ter isso ou aquilo, simplesmente porque não sentimos. Da mesma maneira que sentimos por outro alguém que não sente por nós, não dá valor e muitas vezes não tem nenhuma qualidade que justifique tal sentimento!
Me usando como exemplo, adoro uma música do raul Seixas que diz:
"Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo."
E as vezes penso que sou realmente uma metamorfose ambulante, que não me defino em certos assuntos.
Não gosto de ser contrariada e odeio que concordem comigo em tudo, me irrito com gente mal humorada e não suporto aquele tipo sempre engraçado, gosto de frio e adoro calor, gosto de praia e campo, chuva e sol, dia e noite, branco e preto. Gosto de saber que sou amada e me enjoa saber que tenho alguém nas minhas mãos, gosto de flores e cartões e bombons e adoro o velho e básico "eu te amo" dito no ouvido. Gosto de sorvete de chocolate de morango, gosto de me arrumar toda pra sair e adoro ficar de pijama em casa vendo filme embaixo das cobertas, de ler Clarice Lispector, Erico Verissimo, Machado de Assis, Agatha Cristie e de assistir a novela das oito, de balada e barzinho, de silencio e de multidao, de ficar quieta e de não parar de falar. Fico feliz e fico triste com a mesma facilidade, fico com raiva e perdoo com a mesma a intensidade.
As vezes me pergunto se não deveria me decidir entre isso ou aquilo, e a resposta é sempre a mesma: Não!
Por que não experimentar o que me é oferecido?
Por que não - usando a sabedoria popular - deixar a vida me levar?
Por que não aproveitar enquanto é possível?
Como diria Raul:
"É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante."
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