segunda-feira, 25 de maio de 2009

Sou um o quê? Um quase tudo.

Iniciante nessa coisa de blog e pensando no título que daria a ele, lembrei dessa citação da Clarice Lispector ( adoro Clarice Lispector! ) e acho que ela me define bem.
"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
"
Acho incrível como o ser humano consegue ser tantas coisas ao mesmo tempo!
Principalmente nós, mulheres, fazemos isso o tempo todo: Somos boas e ao mesmo tempo más, amigas e inimigas, amamos e odiamos, dizemos coisas que não sentimos, sentimos coisas que não dizemos!
Quantas vezes não deixamos de dizer a alguém o que sentíamos? Por orgulho, por não acharmos ser necessário o fazer, por não saber como fazer...
E quantas vezes - ao contrário do que pensamos, enganando principelmente a nós mesmos - não dizemos a alguém sentir coisas que não sentimos e nem nunca vamos sentir.
Não por ele ter ou não ter isso ou aquilo, simplesmente porque não sentimos. Da mesma maneira que sentimos por outro alguém que não sente por nós, não dá valor e muitas vezes não tem nenhuma qualidade que justifique tal sentimento!
Me usando como exemplo, adoro uma música do raul Seixas que diz:

"Eu prefiro ser

Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo."

E as vezes penso que sou realmente uma metamorfose ambulante, que não me defino em certos assuntos.
Não gosto de ser contrariada e odeio que concordem comigo em tudo, me irrito com gente mal humorada e não suporto aquele tipo sempre engraçado, gosto de frio e adoro calor, gosto de praia e campo, chuva e sol, dia e noite, branco e preto. Gosto de saber que sou amada e me enjoa saber que tenho alguém nas minhas mãos, gosto de flores e cartões e bombons e adoro o velho e básico "eu te amo" dito no ouvido. Gosto de sorvete de chocolate de morango, gosto de me arrumar toda pra sair e adoro ficar de pijama em casa vendo filme embaixo das cobertas, de ler Clarice Lispector, Erico Verissimo, Machado de Assis, Agatha Cristie e de assistir a novela das oito, de balada e barzinho, de silencio e de multidao, de ficar quieta e de não parar de falar. Fico feliz e fico triste com a mesma facilidade, fico com raiva e perdoo com a mesma a intensidade.
As vezes me pergunto se não deveria me decidir entre isso ou aquilo, e a resposta é sempre a mesma: Não!
Por que não experimentar o que me é oferecido?
Por que não - usando a sabedoria popular - deixar a vida me levar?
Por que não aproveitar enquanto é possível?

Como diria Raul:

"É chato chegar

A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante."


















2 comentários:

  1. temos sempre que aproveitar enquanto é possivel, seja homem ou mulher.
    Eu também sou indefinido com algumas coisas, acho que isso faz parte do aprendizado da vida..
    texto muito bom, vou seguir seu blog

    se puder passa no meu: http://limablogger.blogspot.com/
    deixe seu voto lá e se quiser comente tambem

    boa sorte com o blog!!
    bjo

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  2. Muito interessante as ideias impostas no texto!! E é interessante tbm seu jeito e forma de levar a vida!! Uma pessoa de opinião propria que mostra querer equilibrio para todas as coisas...
    Voce seria quase tudo? Por que então as mulheres são tão enigmáticas em momentos que definem a vida? só elas sabem responder!
    Aproveitar a vida com equilibrio ,desfrutando as alegrias , encarando os desafios, ultrapassando barreiras... no fim sabemos o resultado!

    beijos... Felicidades sempre... frase que carrego comigo a cada momento da minha vida!
    É o que desejo pra voce tambem!!

    tudo de bom!!! =D

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